Geração Z: saiba como esses consumidores vão transformar a sua marca

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A geração Z — que são as crianças nascidas da metade dos anos 1990 até o final dos anos 2000 — deu início a uma nova tendência no mercado: a integração total com a tecnologia. Nativos digitais, em sua maioria, eles se comunicam e trabalham em qualquer local onde estejam conectados, são menos propensos a interações sociais e buscam, acima de tudo, mais autenticidade em todas as suas formas de expressão.

Como é fácil imaginar, esses jovens possuem também uma forma diferenciada de se relacionar com o consumo de produtos e serviços, adotando hábitos mais saudáveis e exigindo das empresas uma postura mais sustentável em relação ao meio ambiente. Por isso, as marcas que desejarem aproveitar as novas oportunidades e desafios trazidos pela geração Z, terão que se reinventar. Você vai saber como, neste texto!

Quais são as principais diferenças da geração Z que impactam as marcas?

Esses jovens consumidores “enxergam” a conectividade como uma ferramenta para promover transformações na sociedade de forma ágil e com foco em necessidades e interesses coletivos. Por exemplo, usando o que aprendem em tutoriais e comunidades para repensar velhos paradigmas de educação, aparência, relacionamentos e consumo.

Além disso, eles não têm medo daquilo que os torna diferentes, por isso, dão preferência para marcas e experiências que celebram a autenticidade e autoexpressão. E não hesitam em usar recursos do YouTube, TikTok ou memes irônicos para questionar o mundo a sua volta. Entenda como algumas dessas mudanças de comportamento, como o consumo consciente e o veganismo, estão refletindo nos processos produtivos das marcas: 

1. Sustentabilidade 

Os jovens da geração Z são conhecidos por “não terem esperança”. Nascidos em um planeta com recursos naturais que dão sinais de esgotamento, a sustentabilidade, para eles, não é uma opção ou benefício: é um estilo de vida. Isso os torna bastante céticos diante de discursos ecológicos publicitários e faz com que exijam mudanças mais concretas e imediatas das marcas, que tragam resultados positivos para as comunidades. 

Por isso, empresas como Danone, Patagonia e Ben & Jerry’s buscaram a certificação de Empresa B, que garante a transparência das marcas em relação aos seus impactos sociais e ambientais. Um relatório da consultoria McKinsey, feito em parceria com a plataforma de moda Business of Fashion, apontou que o número de empresas no setor de moda, vestuário e beleza com certificação B aumentou de 7 para quase 200 entre 2010 e 2018. 

A Patagonia tem apostado em iniciativas sustentáveis, como a criação da Recrafted, uma linha de roupas feitas a partir de upcycling, que busca prolongar a vida útil dos produtos sem reduzir o valor agregado. E com o slogan: “O reparo é um ato radical”, a marca oferece apoio para que seus consumidores consertem suas peças ao invés de descartá-las.

Adotar medidas mais sustentáveis já se tornou uma necessidade para marcas que buscam agregar valor em seus produtos e os jovens da geração Z buscam isso

2. Diversidade

Em busca de autenticidade, a geração Z desafia generalizações e valoriza a diversidade em todas as suas formas. Assim, além da inclusão desses valores em campanhas, eles também buscam produtos que atendam suas necessidades de maneira personalizada. Portanto, as marcas precisam acolher comunidades multiculturais e a igualdade de gênero. Um ótimo exemplo é a Milk Makeup, uma empresa americana de cosméticos, que é especialista em produtos veganos. Assim, um traço forte nas campanhas da marca é a inclusão de pessoas com expressões diversas, para ressaltar que todos os gêneros podem se beneficiar do uso de itens de maquiagem e skincare.

Criar experiência personalizadas e abraçar a pluralidade também deve ser incorporado no dia a dia das marcas

Já a Starface, empresa de produtos para cuidados com a pele, encontrou uma maneira divertida e criativa dos jovens lidarem com a acne: adesivos em formato de estrelinhas coloridas e holográficas, que aceleram a cicatrização e deixam o rosto com um aspecto divertido, estimulando seus clientes a desenvolverem autoestima.  

As marcas precisam entender o universo do seu público e entender seus gostos, necessidades e demandas para elaborar produtos inovadores

3. Personalização

Por meio de dispositivos móveis, a geração Z navega na internet em busca de experiências altamente customizadas. Assim, eles tendem a frequentar, cada vez mais, pequenas comunidades e chats privados, onde possam compartilhar experiências únicas com amigos e grupos menores, como as plataformas de jogos virtuais e o recurso de “Melhores Amigos” do Instagram. Por isso, é tão importante que as marcas se comuniquem de maneira personalizada com esses jovens, através de parcerias com influencers e comunidades. É o caso da Glossier, empresa de cosméticos que oferece autenticidade e personalização aos jovens da geração Z por meio de algumas técnicas de Design Thinking. Para isso, a empresa compartilha suas ideias nas redes sociais e, a partir do feedback do público, desenvolve novos produtos, transformando seus clientes em cocriadores. Também adota uma linguagem divertida e uma postura transparente — o que gera ainda mais engajamento dos clientes e contribui para a construção de relacionamentos mais sólidos.

O modo como as marcas de comunicam faz toda a diferença para a Geraç?o Z, que busca por experiência únicas e personalizadas

Em 2018, a empresa criou o Glossier You, um perfume personalizado, que logo se tornou um hit nas redes sociais. Embora o produto tenha uma base com aromas amadeirados e um toque de pimenta rosa, ele oferece uma experiência (e um cheiro) diferente para cada pessoa, pois as essências se fundem aos óleos naturais produzidos pelo corpo. 

Por serem mais céticos, munidos de tecnologias móveis e em busca de autenticidade em suas expressões e relações, a geração Z oferece oportunidades para marcas e designers que escutam suas comunidades e desenvolvem soluções personalizadas. Desse modo, o “ponto-chave” é buscar feedbacks, principalmente nas redes sociais, para otimizar o desenvolvimento de novos produtos e tornar o processo de design mais colaborativo. 

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