Como escolher a tipografia ideal para um projeto?

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Projetos têm voz e personalidade. Se você leu o nosso artigo mais recente, já sabe que uma das formas de conferir esses atributos a eles é escolhendo com cuidado as cores que serão utilizadas no projeto. Nesta semana, queremos apresentar outra maneira de fazer isso: através da tipografia, um dos recursos mais importantes no trabalho de qualquer designer.

Quando pensamos no mercado, podemos dizer que todos os consumidores julgam tipografias e constroem significados para elas, ainda que inconscientemente. Quase sempre, essa percepção criada na mente de cada pessoa pode alterar a maneira como um produto ou serviço é recebido. Por isso, profissionais precisam dedicar uma parte considerável do seu tempo para chegar a uma tipografia que seja ideal.

Há vários caminhos para se alcançar isso, mas o mais importante é não escolher aleatoriamente uma fonte ou deixar apenas razões estéticas guiarem sua decisão. Uma boa gestão reúne os integrantes da equipe para um brainstorming com o objetivo de listar os principais valores e características que o design deve transmitir. Dessa forma, a tipografia estará alinhada com a essência do projeto e ajudará a reforçar os seus valores.

Considerando que a tipografia carrega a essência de uma marca e tem um propósito definido, se ela não segue um conceito claro, pode criar distrações que desviarão a pessoa da mensagem-chave do seu projeto. Por isso, pesquise a fundo o público-alvo antes de aplicar suas estratégias. Quais são os maiores problemas e dificuldades dos consumidores? O que eles mais gostam de fazer? Seu estilo é jovem e moderno ou está ligado à tradição? Tudo isso conta. Lembre-se também de analisar com cuidado a concorrência para identificar o que já está sendo feito – o que funciona e o que pode ser aprimorado.

Outro aspecto a se considerar diz respeito às intenções do projeto: o objetivo é causar um impacto visual ou garantir uma leitura fácil? Determinadas tipografias tem boa legibilidade e suas letras podem ser distinguidas umas das outras sem dificuldade. Por conta do seu aspecto um pouco mais “decorativo”, elas são geralmente usadas em cartazes, anúncios, capas e embalagens. No entanto, outras tipografias são mais voltadas para a leiturabilidade e permitem que uma pessoa leia as letras ao longo das linhas com conforto. Elas são mais comuns em jornais, livros e e-books, justamente porque apresentam mais sutileza e impedem qualquer tipo de distração.

 

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Quando pensamos no ambiente digital, há também fatores que precisam ser considerados na hora de escolher a tipografia ideal. Fontes serifadas são um pouco mais tradicionais e ótimas opções para publicações impressas, já que passam credibilidade e têm pequenos prolongamentos no final de suas letras, que ajudam a guiar os olhos pelas linhas do texto. Porém, na tela de computadores e dispositivos móveis, as serifas podem ficar distorcidas e prejudicar a leiturabilidade. Com isso, muitos designers escolhem utilizar na web as fontes sem serifas, que não têm traços no final das letras e dão a impressão de ser mais modernas e informais.

 

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Pense sempre na experiência que uma pessoa terá ao ver e ler a sua tipografia, e tente identificar os possíveis ruídos que a sua comunicação pode originar. Tipografias têm personalidades e cada uma delas se adequa melhor a certos tipos de projetos! Se o processo de escolha acontece com planejamento e sabedoria, as chances de que o produto ou serviço se conectem verdadeiramente com o público são muito maiores.

Um exemplo da Pande!

Em todos os nossos projetos, temos uma atenção especial à questão da tipografia. Um caso que ilustra bem isso é o das embalagens comemorativas de Wickbold, que estava celebrando 75 anos da sua linha “Os Clássicos”. Como o objetivo era reforçar a tradição da marca e transmitir uma ideia de experiência aos consumidores, optamos por uma tipografia com um característico estilo retrô. Clique aqui e saiba mais sobre essa criação!
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