Qual é o futuro do mercado de snacks?

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Você já deve ter percebido como a abordagem saudável vem se fortalecendo no setor alimentício. Para se ter uma ideia, segundo um levantamento desenvolvido pela RG Nutri em parceria com a Techfit e divulgado em abril deste ano, 78% dos brasileiros afirmam estar mais preocupados com a qualidade da alimentação e estão mudando seus hábitos. E essa tendência vem transformando também o mercado de snacks. 

Conhecido pelos lanches que dão um jeito naquela fome que bate entre uma refeição e outra, esse segmento inclui oito categorias: biscoitos doces, biscoitos salgados, castanhas e mixes, nozes, pipoca, chips e salgadinhos, snacks de frutas, barrinhas de cereais e pretzels. E se antes eles eram vistos como uma opção para uma rotina agitada fora de casa, nos últimos meses, principalmente, eles se tornaram aliados de quem busca por opções saudáveis, mesmo em home office. Para entender os fatores que impulsionam o setor e quais tendências estão transformando nossos lanchinhos, confira nosso artigo a seguir!

O que vem transformando o mercado de snacks? 

Com tantas modificações na rotina provocadas pela pandemia, muitas pessoas tiveram dificuldades de manter uma rotina de alimentação repleta de ingredientes frescos. Para se ter uma ideia, as mães que trabalham fora — que, antes, já cumpriam jornada dupla em uma boa parte dos lares — ficaram ainda mais atribuladas durante os últimos meses, assumindo o cuidado com as crianças em tempo integral e tarefas domésticas ainda mais numerosas. O jeito foi recorrer à praticidade dos snacks industrializados.

Mas o que a indústria vem mostrando é que os lanches prontos também podem contribuir com uma alimentação de qualidade, o que também têm transformado a “cara” do setor. Alternativas como barrinhas de cereais sem açúcar, mix de castanhas e vegetais assados vêm caindo no gosto do público. Tanto que um levantamento da Kantar Ibope, divulgado em julho de 2020, apontou que o consumo de snacks saudáveis teve um crescimento de 50% desde o início da pandemia na França, Espanha, Brasil e Reino Unido. 

Mas apesar desse “empurrãozinho” do distanciamento social, vale notar que o fortalecimento dos snacks nutritivos é uma tendência que já despontava antes mesmo do início da pandemia. Em 2019, a empresa de estudos de mercado Grand View Research mostrou que a conscientização crescente em torno dos benefícios de refeições saudáveis já impulsionava inovações no mercado global de snacks  — que, segundo a empresa, pode alcançar o valor de U$ 32.88 bilhões até 2025. E esses produtos vêm se alinhando cada vez mais às novas abordagens de cuidados com a saúde e alimentação, como conferimos a seguir. 

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Quais são as tendências para o mercado de snacks?

Com propostas sustentáveis e alinhadas às práticas de cuidado com a saúde que ganharam a atenção do público nos últimos anos, empresas têm apresentado produtos que prometem deixar qualquer lanchinho mais saboroso e nutritivo. Confira!

Cuidado integral com a saúde

A demanda crescente por ingredientes que ajudem a cuidar da saúde emocional, física e espiritual de uma forma holística aumenta a procura por produtos com insumos nutracêuticos — ou seja, compostos bioativos isolados, extraídos de vegetais ou animais —, funcionais e/ou probióticos. Por isso, a linha entre suplementos e alimentos funcionais vai ficando cada vez mais tênue. 

Quem sabe bem disso é a Deux Foods, que oferece cookies que ajudam a cuidar da imunidade, potencializar a produção de colágeno e dar uma forcinha na ingestão de proteínas. Tudo isso aliado a muito (mas muito!) chocolate e o apelo de ingredientes limpos, ou seja, obtidos por meio métodos sócio e ambientalmente responsáveis.

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Plant-based com muita tecnologia

Cada vez mais pessoas vêm se conscientizando sobre a importância de uma alimentação rica em vegetais, não só para a própria saúde, mas também para o planeta. E para trazer maior inovação e sabor ao segmento plant-based, empresas vêm abraçando as possibilidades trazidas pela tecnologia. É o caso da foodtech carioca Popai, que utiliza inteligência artificial para desenvolver snacks veganos, práticos e saborosos.

Com alto teor de fibras e proteínas, os lanches da marca atendem tanto a atletas quanto pessoas com restrições alimentares, como diabéticos e celíacos. Apostando em produtores locais e em ingredientes de alta qualidade, a empresa cresceu 673% entre 2019 e 2020. 

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Upcycling, sustentabilidade e sabor

Quem acompanha o mundo da moda sabe que o upcycling — processo que transforma peças usadas e sobras de tecidos em novos produtos e os reinsere na cadeia de consumo com valor agregado — vem se fortalecendo como uma alternativa para tornar a indústria mais sustentável. O que pouca gente sabe é que essa tendência também vem trazendo novas possibilidades ao mercado de alimentação, como mostra a marca de salgadinhos Pulp Pantry.

Motivada pelo desafio de criar um produto saboroso, nutritivo e sustentável, a marca utiliza talos de couve e salsão, que sobram da produção de sucos, para produzir biscoitos assados. Os snacks são veganos e não contêm glúten ou ingredientes geneticamente modificados (GMO).

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Já deu pra perceber que a hora do lanche tem tudo para ficar ainda mais gostosa, né? Mas atenção: para se sobressair nesse cenário, é preciso que as marcas se comprometam com o uso de ingredientes de qualidade, com processos mais limpos e com a responsabilidade socioambiental. Afinal, os consumidores buscam por marcas de confiança, que os ajudem não só a cuidar do próprio corpo, como também de suas comunidades e do planeta.

Para comunicar esse cuidado e continuar gerando valor para seu público, é preciso que as marcas lancem mão de recursos que só o design estratégico pode oferecer. Para contar como funciona esse trabalho e quais são seus benefícios, a Pande marcou presença no programa Mundo Empresarial, da Band. Venha conferir a matéria em nosso Instagram e no LinkedIn!

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