O que está mudando na relação entre marcas e consumidores?

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Pense em como era sua rotina há 20 anos. Muitas coisas mudaram, muitas ficaram mais rápidas. Não conversamos pela internet da mesma maneira, levamos centenas de músicas para todos os lugares e compramos produtos com apenas um clique no mouse. A todo instante, e em menores ou maiores proporções, nosso relacionamento com a informação e a tecnologia passa por alterações – e adaptar nossos hábitos a elas já tornou-se comum.

No universo das marcas não é diferente: encontrar soluções para atender às contínuas transformações do mercado, propondo experiências e formas de comunicação que criem vínculos com o exigente público, é um desafio constante para as empresas. Afinal, o que elas podem esperar do futuro?

Neste ano, o South by Southwest (SXSW), um dos principais festivais de música, tecnologia e economia criativa, discutiu mudanças na relação entre marcas e consumidores que ficarão ainda mais fortes nos próximos anos. As mais relevantes foram reunidas em um relatório feito pela ABEDESIGN em parceria com o CoolHow, e três delas serão exploradas no artigo de hoje.

Velocidade é essencial

Segundo o Facebook, dispositivos móveis nos tornaram 41% mais rápidos. Essa velocidade influencia o nosso jeito de consumir conteúdo e cria uma predisposição a soluções que nos alcancem onde estivermos e da maneira mais breve possível. Por isso, é fundamental que as marcas estejam atentas e encontrem meios para oferecer uma experiência completa e dinâmica.

A Giphy, maior plataforma de GIFs do mundo, é um ótimo exemplo de como estar de acordo com as necessidades do público. Por serem rápidos e universais, eles conseguem conquistar pessoas, chamar atenção para uma publicação ou e-mail importante e construir um relacionamento mais íntimo com clientes. Um dos motivos dessa popularidade é que no ambiente digital as peças visuais são processadas 60 mil vezes mais rapidamente do que textos convencionais. Logo, usar GIFs em alguma ação online pode fazer a diferença.

A conclusão de uma pesquisa realizada em 2015 pela Microsoft deixa os GIFs ainda mais atrativos: o tempo médio de atenção de um humano adulto passou a ser de 8 segundos, menor até que o de um peixinho-dourado. Ou seja, pessoas querem informações rápidas e úteis – e se elas forem divertidas, melhor ainda.

 

Colaboração é tendência

Não se engane: quando falamos em tendência, não nos referimos a algo passageiro. A colaboração entre marcas e consumidores é apontada por grandes companhias como uma forma de inovar e enfrentar desafios. Ouvir o público é cada vez mais fundamental para o futuro das marcas, que já começam a entender que diferentes repertórios criam uma atmosfera mais propícia à geração de ideias e soluções.

Várias empresas, como a Nike (foto abaixo), a Nissan e a Ruffles, já permitem ou permitiram em alguma campanha de marketing a customização de seus produtos, seja nas cores, nas funcionalidades ou nos sabores. Com isso, o consumidor se sente mais empoderado e tem a sensação de que a marca está conversando diretamente com ele, e não com uma massa enorme de pessoas.

Uma nova geração muito mais exigente

Pessoas têm em mãos celulares com todas as informações que precisam sobre as diferentes qualidades e preços de um produto. Elas também podem trocar opiniões de maneira fácil e alertar futuros consumidores se o item comprado não agradar. E mais: elas podem questionar organizações diretamente sobre suas práticas, caso estas sejam preconceituosas ou ambientalmente irresponsáveis.

Nesse contexto, é importante que as marcas entendam como e quando devem se posicionar sobre determinados assuntos. Esse posicionamento precisa ser autêntico e realmente refletir os valores da empresa. Não basta defender representatividade feminina e não ter mulheres em cargos de liderança dentro da empresa, por exemplo.

Um exemplo de companhia que se coloca a favor de uma causa é a Renner. Recentemente, para se aproximar do seu público jovem e engajado, a empresa lançou uma coleção de camisetas para a Parada do Orgulho LGBT e uma campanha de Dia dos Namorados com casais homossexuais (vídeo abaixo).


E para você, quais são as tendências mais relevantes na relação entre marcas e consumidores nos próximos anos? Conte para a gente!

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