Mais saúde e sabor: as tendências de 2021 para o setor de alimentos
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O ano começou com um certo otimismo, expectativas de transformações e a promessa de novos sabores. Afinal, nossos hábitos de alimentação vêm se transformando em uma velocidade surpreendente nos últimos anos. Pra se ter ideia, segundo o Uol TAB, entre março e junho de 2020, o portal de receitas do UOL teve um crescimento de 230% no tráfego e o canal do programa MasterChef no YouTube aumentou em 51% o número de visualizações. Ou seja, a cozinha de muita gente por aí já anda digna de estrela Michelin…
Essas mudanças significam uma ótima oportunidade de inovação para as marcas do setor alimentício. Para ajudar você a preparar sua empresa pra esse cenário, nossa equipe preparou um banquete, ou melhor, um artigo especial com diversos insights. Acompanhe!
Novos hábitos, novas receitas
Em um dos nossos materiais especiais, o relatório Mapeamento do Comportamento Alimentar no Brasil, contamos como a busca dos consumidores por hábitos mais saudáveis de vida já vinha reconfigurando práticas de grandes marcas. Por exemplo, elas passaram a oferecer produtos com ingredientes mais naturais e menores teores de conservantes, gordura, açúcar e sódio. E com o fortalecimento da cultura de gastronomia e os novos hábitos adquiridos durante o distanciamento social, essa tendência foi intensificada.
Nos últimos meses, tivemos que reinventar nossas rotinas e desenvolver novas habilidades. Conforme dados da Google divulgados no relatório Fjord Trends 2021, desde março do ano passado, as buscas por vídeos de “passo a passo” ou “para iniciantes” aumentaram 65%. E isso trouxe impactos diretos na nossa relação com a comida, pois foi preciso “encarar” a cozinha. Afinal, nem todo mundo pode recorrer a deliveries e, como afirma a chef Rita Lobo, “sem pia suja, não tem alimentação saudável”.
É com essa energia de experimentação e busca por produtos que tenham a ver com seu estilo de vida que mais pessoas têm buscado por novas receitas e sabores. Como aponta o Pinterest Predicts, aumentou na plataforma a procura por receitas apimentadas e imagens inspiradoras para a montagem de tábuas para servir café da manhã. E para acompanhar o apetite desses consumidores, algumas marcas têm feito bonito, como veremos a seguir.
Quais são as tendências de 2021 para a alimentação?
Os hábitos de alimentação, que já passavam por mudanças, se transformaram de vez nos últimos meses. Mais pessoas deram uma de Masterchef, buscaram por ingredientes naturais para alimentar a família e reservaram um lugar especial na rotina para o café da manhã. Saiba quais são as tendências para este ano e conheça exemplos de marcas que já entraram no ritmo e estão se beneficiando delas!
Hábitos saudáveis começam no berço
Oferecer uma alimentação saudável para os pequenos, desde cedo, é uma preocupação crescente entre pais, especialmente para aqueles que lidam com a fase de introdução alimentar. Conscientes de que a alimentação infantil precisa ir além do apelo visual, as pessoas buscam por produtos que ajudem a oferecer variedade de nutrientes, sabor, textura, segurança sanitária e ingredientes frescos.
Para dar uma ajudinha aos papais e mamães mais atarefados, as empresas precisam recorrer a fórmulas saudáveis, gostosas e embalagens coloridas, para incentivar a imaginação dos pequenos. Quem está se dando bem nessa é a Empório da Papinha, que produz alimentos orgânicos para bebês. Utilizando ingredientes de época, a marca recebe o apoio de nutricionistas nas redes sociais, para que papais e mamães de plantão possam tirar suas dúvidas. Durante a pandemia, as soluções de delivery receberam uma atenção especial e, hoje, são facilitadas por meio de um aplicativo.
Café da manhã reforçado para começar bem o dia
Com mais pessoas trabalhando em casa, o café da manhã ganhou mais atenção entre as refeições do dia a dia, como apontou uma pesquisa da Whole Foods divulgada no fim de 2020. Para se ter noção, em julho do ano passado, o aumento na procura pelos cereais da Kellogg’s fez com que as ações das empresas atingissem um crescimento de 2,6%.
Essa tendência representa uma oportunidade para as marcas que facilitem a preparação do café da manhã sem abrir mão da qualidade. A VidaVeg fez a sua lição de casa, e, neste ano, lançou uma nova linha RequeVeg, uma espécie de “requeijão” produzido à base de leite de castanha de caju. Afinal, nem só de soja vive uma alimentação vegetariana ou vegana, certo? Além do apelo plant-based, o produto também dá uma forcinha para a imunidade, já que é fermentado e recebe a adição de vitaminas B6 e B12.
Upcycling também na alimentação
Se você acompanha o mundo da moda, já deve ter ouvido falar sobre o sucesso do upcycling, um processo que permite utilizar os resíduos de produção ou produtos antigos para a elaboração de artigos novos e valorizados. Com o crescente interesse na sustentabilidade e na economia circular, esse modelo vem ganhando outros setores e, para surpresa de muitas pessoas, chegou à alimentação.
Na prática, funciona assim: frutos, legumes, cascas e raízes que iriam para o lixo por fatores como a estética, são utilizados como insumo para produzir alimentos gostosos e atraentes. A californiana The Ugly Company topou essa missão, usando frutas “feias” para produzir lanches naturais. Com o lema “Bonito por dentro”, a companhia já preveniu o desperdício de mais de 22.000 quilos de frutas, segundo dados de 2019 divulgados pela companhia.
As tendências de 2021 apontam novos comportamentos alimentares entre os consumidores. Mais atentos à importância de bons hábitos e com disposição para cozinhar, eles buscam por marcas que os ajudem a formular uma rotina saudável com praticidade e sustentabilidade. Será que a sua marca está preparada para ajudá-los nessa missão?
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