Futuro do trabalho: como aprimorar a experiência do colaborador?

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Já faz tempo que a tecnologia é uma das principais responsáveis pelas reconfigurações que ocorrem no universo do trabalho, principalmente no momento atual, em que o home office e a intensa digitalização de processos entrou nessa equação, antecipando o futuro do trabalho. Mas nem todo mundo estava preparado para isso, e como a automatização veio de mãos dadas com uma forte crise econômica, muitas pessoas ficaram desestabilizadas, financeira e mentalmente.

Os dados não nos deixam mentir: um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) mostra que os casos de depressão aumentaram 90% entre março e abril de 2020. Mas, afinal, qual é o papel das marcas nesse contexto de transformações e apreensões? E o que elas podem fazer para aprimorar a experiência dos colaboradores, ajudando-os nas adaptações a serem feitas daqui pra frente? É o que conferimos a seguir! 

Como a experiência do colaborador vem sendo transformada?

A gente até gostaria, mas não dá pra entender as tendências de mercado sem passarmos pelos impactos trazidos pela pandemia. Afinal, foi por causa das medidas de distanciamento social para conter o avanço da Covid-19 que o trabalho remoto, as jornadas flexíveis e a automação de processos foram implementados massivamente no último ano. E aí todo mundo, em maior ou menor medida, precisou se adaptar.

Pra se ter uma ideia, uma pesquisa publicada pela consultoria McKinsey, em fevereiro de 2021, apontou que 20 a 25% da força de trabalho em países com economias avançadas podem adotar o home office pelo menos 3 a 5 vezes por semana. E enquanto diversos trabalhadores vêm sendo considerados essenciais, operando sob protocolos de segurança rigorosos, outros milhares têm sido remanejados dos seus postos de trabalho. Tantas mudanças e incertezas prejudicaram a saúde mental de muita gente. No Brasil,  o estudo da UERJ mostrou que, além do aumento de casos de depressão, o número de pessoas com sintomas de estresse agudo e crise de ansiedade mais que dobrou entre março e abril de 2020. Segundo pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, entre os fatores desencadeadores, estão o medo do desemprego e do contágio da doença.

Mas como garantir o bem-estar da equipe nesse tal futuro do trabalho?

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Para motivar as equipes a manterem a produtividade, as marcas precisam oferecer condições ideias para o trabalho remoto.

Adote a flexibilidade e o diálogo como valores essenciais

Quantas vezes você já ficou no escritório apenas para cumprir a carga horária? O trabalho remoto oferece oportunidades para que as empresas repensem suas jornadas de trabalho, tornando-as mais flexíveis. Assim, as pessoas não só podem aproveitar o dia da maneira que for mais produtiva para elas, como também podem se organizar pra conciliar suas tarefas profissionais com rotinas pessoais e de cuidado com a família — um requisito importante no home office, principalmente para os papais e mamães de plantão.

Mas para isso dar certo, é preciso que as empresas ofereçam uma cultura de diálogo e recursos essenciais, como equipamentos de escritório, uma boa conexão de internet e aplicativos. No jornal americano Financial Times, as equipes se apoiaram em ferramentas de gestão de tarefas e comunicação corporativa, como o Slack, para dialogar entre diferentes turnos. “Precisamos descobrir como progredir de forma assíncrona”, contou a diretora técnica do jornal, Sarah Wells.

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As empresas precisam dialogar com seus colaboradores e entender suas necessidades para se adaptar às mudanças

Facilite transições de carreira  

A pesquisa da McKinsey apontou também que, nos próximos anos, o mix de ocupações no mercado de trabalho pode mudar, pois as tecnologias que foram adotadas nos últimos meses podem dar origem à novas profissões, exigindo dos colaboradores o desenvolvimento de outras habilidades.

A questão é que os profissionais menos capacitados para lidar com essas novidades podem ficar em desvantagem. Mas, como compartilharam os pesquisadores da consultoria, “empresas e governos exibiram grande flexibilidade e adaptabilidade para responder à pandemia com propósito e inovação; valores que eles também podem aproveitar para reequipar a força de trabalho de maneiras que apontem para um futuro melhor”. 

Quem já seguiu esse caminho foi a Amazon, que, no ano passado, lançou o Upskilling 2025. O programa, com duração de seis anos, vai investir mais de 700 milhões de dólares para capacitar 100.000 colaboradores, o que corresponde a um terço da comunidade de “Amazonians”. A iniciativa vai contemplar setores administrativos, hubs tecnológicos, centros de atendimento, lojas e redes de transporte.

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As marcas precisam ser flexíveis e ajudar e promover a capacitação de novas competências entre seus colaboradores

Como vimos, a pandemia acelerou uma série de tendências para o futuro do trabalho, exigindo das empresas incorporar o trabalho remoto e adaptar seus espaços físicos para oferecer maior segurança. A questão é que as mudanças precisam ir além dos escritórios e da telinha do Zoom: em um momento de tantas incertezas e adaptações, é necessário que as marcas repensem suas culturas e atribuições, amparando seus colaboradores. 

Acolhendo as subjetividades e capacitando os colaboradores, as empresas podem construir experiências melhores para seus times, tornando-se mais produtivas e resilientes pra encarar os novos desafios que vêm aí. Vamos juntos nessa?

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