Como as microinterações impactam a experiência do usuário?
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As grandes tendências do design apontam para uma inclinação do setor em, cada vez mais, direcionar o seu foco aos desejos e necessidades dos consumidores. Por esse motivo, as plataformas digitais vêm investindo em recursos que se concentram em tornar a experiência do usuário ainda mais prática e agradável. Assim, as microinterações são empregadas no design de interfaces, a fim de contribuir com esse objetivo.
E o que são microinterações?
Elas são funcionalidades criadas com o intuito de atrair, notificar, estimular a interação e tornar a experiência do usuário fluida e divertida. Por terem um aspecto mais sutil, algumas delas podem passar despercebidas. Contudo, ainda assim, são essenciais para deixar a navegação mais intuitiva.
Ao interagir com um aplicativo, é importante que o usuário obtenha respostas sobre as ações que ele realiza. Desse modo, as microinterações procuram guiar o caminho que ele seguirá dentro da plataforma, de modo a aumentar o seu engajamento com a marca.
Um exemplo disso acontece quando inserimos uma senha ao fazer um login e recebemos a informação de que ela está incorreta. O feedback que notifica o erro é crucial para entendermos o motivo da ação não ter sido concluída. Viu só?
E alguns designers estão indo além e criando microinterações ainda mais atrativas e diferenciadas. Veja este interruptor que altera o modo de exibição da tela! Interessante, não é mesmo?
Por trás das microinterações
Mas, afinal, como são desenvolvidas as microinterações? Para isso, os designers precisam considerar que essa criação acontece a partir de 4 elementos básicos:
1 – Gatilho: como o próprio nome diz, o gatilho se refere à uma ação disparada pelo usuário, que ativa a microinteração — por exemplo, quando ele clica em um botão. Mas o comando também pode ser acionado pelo sistema de modo automático, como acontece com as notificações nas redes sociais.
2 – Regras: elas determinam qual será o caminho percorrido pela microinteração após o gatilho ser acionado. Ou seja, por meio delas, a plataforma consegue identificar o que deve, ou não, fazer de acordo com aquele comando específico.
3 – Feedback: é a parte do recurso que se torna visível ao usuário, quando o sistema reconhece o disparo de um gatilho e chega à tela do internauta. É o que acontece, por exemplo, quando curtimos um status no Facebook. Imediatamente, as opções de diferentes emojis “saltam” à tela, para que um novo comando seja disparado.
4 – Ciclo: é o que determina a continuidade de uma interação. Assim, o software compreende se é preciso interromper, prolongar ou modificar o fluxo da microinteração.
Existem diversas maneiras de uma microinteração ser atrativa e funcional. E isso vai depender do segmento que estará em contato com ela e do contexto em torno dessa aplicação. Por isso, além de compreender a estrutura por trás das microinterações, é importante identificar o perfil dos seus usuários e o objetivo da sua marca, para que esse recurso proporcione, de fato, uma experiência satisfatória.
Um design, infinitas possibilidades
As aplicabilidades das microinterações são diversas. Afinal, com criatividade e uma análise aprofundada da jornada do usuário, é possível desenvolver um mecanismo inovador e que atenda às suas necessidades e interesses. Para inspirar você, listamos aqui algumas das funções mais utilizadas nos últimos tempos. Dá só uma olhada:
Formulários interativos
O preenchimento de formulários pode ser cansativo e facilmente encarado como uma dificuldade para que o usuário complete um cadastro. Por isso, aplicações como essa são empregadas com o objetivo de promover mais engajamento durante o processo.
Feedbacks
Quando alguém realiza uma ação em uma plataforma, é importante que o sistema lhe dê um retorno sobre o andamento dela. Por isso, as microinterações fornecem um feedback — como o status de um download — a fim de tornar a experiência do usuário mais intuitiva.
Notificações
Como dito anteriormente, as notificações podem ser acionadas por um gatilho do próprio sistema, a partir do momento em que ele identifica uma movimentação pré-definida pelas regras daquele mecanismo — como um aviso da chegada de uma mensagem.
Para criar um design de interface atrativo e funcional, é importante que o usuário seja colocado no centro da estratégia do projeto — como deve ser em todas as áreas do design. Nesse contexto, são empregadas as microinterações, para deixar a experiência do internauta ainda mais fluida e agradável, a fim de aumentar seu engajamento com a marca.